Autocuidado não tem preço

A gente não deveria ter que pagar para se sentir bem, para ter acesso ao autocuidado. Neste texto com leitura de 3 minutos, vamos refletir sobre a perspetiva mindful do autocuidado, levando em conta a forma como vivemos e como podemos fazer diferente.

Durante o meu percurso profissional noto o quanto a ação de se cuidar está vinculada à aquisição de algo. Seja serviço ou seja um produto:

“Para me cuidar preciso comprar aquele ______ (curso, brinquedo anti-stress, creme hidratante, óleo essencial,…).”

Ou ainda…

“Vou marcar para fazer _____ (as minhas unhas, massagem, botox, depilação, etc), preciso me cuidar.”

Percebo muitos destes hábitos em mim, e quando isso acontece eu me pergunto:

“Olá hábito. Eu te vejo. Sendo assim, COMO posso me cuidar agora?”

Tenho cultivado essa consciência a partir da clareza cada vez maior ao perceber não apenas os meus hábitos, mas também as minhas necessidades, os meus valores, as minhas características, a forma como costumo me comportar e a forma como quero me comportar e como quero me sentir. 

Mindfulness promove esse olhar científico, sem julgamentos, acerca de nós mesmos. Viramos especialistas em quem somos a partir da coragem, da curiosidade e da compaixão.

Voltando.

Autocuidado, tal como a palavra se refere, vem de dentro e todos nós já temos essa habilidade, assim como todos os recursos necessários para esse cuidar autônomo que acontece a partir de recursos internos, a partir da ajuda consciente de outra pessoa e até mesmo a partir da natureza.

Fazer uma massagem com as mãos no rosto, respirar de forma consciente, abraçar, caminhar na natureza. O autocuidado parte da intenção genuína de se cuidar e, quando essa intenção existe, nós descobrimos forma de promover esse sentir com os recurso que já temos. Não há condições nem empecilhos. Você pode aprender comigo aqui ♥

O que acontece, entretanto, é que o nosso estilo de vida cada vez mais corrido e cada vez mais tomado pelo stress faz com que nos deixemos levar pelos hábitos, agindo sem pensar, repetindo o que aprendemos de fora sem sequer questionar se é coerente com o que está dentro de nós. 

A verdade é que estamos cansados demais para fazer diferente. 

Estamos expostos demais às influências que nos levam ao consumo impensado que condiciona a nossa qualidade de vida ao dinheiro que temos. Nos prendendo ainda mais na necessidade cada vez maior do trabalho e da exaustão. 

Respira.

Sim, existem questões culturais, políticas, sociais, etc, das quais poderíamos desenvolver essa conversa. Entretanto, vamos ao que interessa: COMO É POSSÍVEL FAZER DIFERENTE?

É a pesquisa que mais tem chamado a minha atenção e como não podia ser diferente, a resposta é PRATICAR MINDFULNESS.

Essa prática que funciona como uma musculação para o cérebro e um pilates para a mente, promove essa pesquisa interna que mencionei acima de uma forma simples, gentil e potente. E…

Podemos cuidar do que conhecemos.

Quando a gente tem informações, conhece, sabe como pode se cuidar, permitindo assim REGULAR O NOSSO ESTADO INTERNO (como as emoções), suavizando os nossos níveis de stress, permitindo assim que o nosso cérebro funcione em plena atividade cognitiva. Ou seja, nós conseguimos cada vez mais ESCOLHER como agir, ao invés de se deixar levar desenfreadamente. 

Faz sentido para você?

Me conta a seguir nos comentários.

Picture of Cintia

Cintia

Bióloga, Professora de Mindfulness Neurocognitivo, Coach e Terapeuta Holística em formação, dentre outras coisas. A minha intenção ao escrever é sobretudo partilhar a minha humanidade. Por vezes pura e simplesmente, por vezes trazendo informações científicas e mais que relevantes para o nosso desenvolvimento. O meu propósito de vida é cuidar e sei que quando temos informações, temos liberdade de escolha e que quando partilhamos a nossa humanidade, nos sentimos acompanhados. Vamos juntos.

2 Responses

    1. Ah Silvia, que coisa boa de ler. Obrigada!
      A sua presença também é muito preciosa na minha vida ♥
      Um beijo!!!

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