O sonho existe, a visualização de um futuro possível, mas AMO o meu agora, neste exato momento cercada de ternura e de coisas por fazer (elas fazem parte).

O sonho é a nossa casa na natureza, com muita luz natural, com quintal. É não resistir à felicidade e deixar a prosperidade entrar.

O sonho é maduro e me impulsiona. Ele me lembra que todos nós somos iguais no sofrimento e na morte e que não há porque me comparar. Há que fazer inspirar e promover o que quero também para mim. Não para ser importante, mas para contribuir para o desenvolvimento interno, externo, coletivo. 

O sonho é ser feliz e não sentir medo, ou melhor, o sonho é sentir a felicidade e deixar o medo ir, o que faço agora ao inspirar e expirar profundamente. Coragem. 

O sonho é estar presente em mim sem expectativas ou restrições. É sentir a natureza deixando a sua beleza fazer parte da minha experiência. 

O sonho é amar incondicionalmente e me permitir ser incondicionalmente amada. 

O sonho é fazer vibrar a vida através do meu corpo, compaixão através do meu toque e luz através do meu olhar.

O sonho é ter consciência de que há mais para agradecer do que sou capaz de perceber, que há mais para aprender do que sou capaz de admitir, há mais para perdoar em mim do que gostaria de aceitar.

O sonho é viver esse agora contemplando o que se passa enquanto deslizo a caneta no papel… a força nos meus dedos, na minha mão, no antebraço. Noto e relaxo a tensão nos ombros, ajusto a postura ativando a barriga, deixo a ternura se espalhar pelo meu corpo ao ver a aliança no meu anelar esquerdo na mão que apoia o caderno. Os pensamentos são essas palavras que escrevo. 

O sonho é possível de viver, mas não só, vive em mim e na realidade que já vivo. 

Sinto o meu sonho e me permito vivê-lo.