E se hoje fosse o seu PRIMEIRO dia de vida?

Já reparou como nos culpamos com uma frequência alarmante por sentir que não estamos aproveitando o tempo ou até mesmo a nossa vida? Este texto apresenta uma prática lúdica e simples sobre a forma como podemos escolher desfrutar de cada momento ao invés de se render a preocupações, culpa e frustração.

Imagina só se você, exatamente como é, acabasse de nascer? Como se num estalo de luz você surgisse com vida neste lugar que você se encontra agora. 

Respira fundo e se permita refletir sobre isso comigo… 

Como seria olhar para o seu redor neste momento? Como seria ver as cores pela primeira vez? Ou a luz.

E de repente você nota o seu corpo, olha para as suas mãos, como é sentir o seu corpo? Como é imaginar poder tocar, andar, respirar…

Quais os aromas te rodeiam? Será que você tem o cheiro de algum shampoo ou sabão? E a sua roupa? Tem algum alimento por aí?

Será que as preocupações que te incomodam tanto e que tiram o seu sono teriam importância neste momento? Será que sequer faria sentido? 

Será que a hora importa? 

Como seria ver e estar com alguém que você ama? Como seria tocá-la, abraçá-la? 

Como seria sentir o coração bater? Como seria sentir a luz do sol na pele, um sorriso no rosto? E comer?

São tantas coisas para explorar. E esta prática nos dá a oportunidade de perceber o momento como ele é, a vida como ela é, como é simplesmente ser, existir. E melhor, tudo isso apesar da confusão em que a nossa mente costuma se encontrar. 

Sabe, nós costumamos imaginar “E se fosse o nosso último dia de vida?” quando queremos valorizar a vida, mas já reparou quanta coisa esse pensamento nos traz? Traz a perspectiva da morte e tendemos, assim, pensar em tudo o que não fizemos, em tudo do que nos arrependemos, em tudo o que não somos (apesar da nossa vontade). Não é nada construtivo ou motivador, é impactante (isso sim). 

Não que não seja uma reflexão válida, mas se queremos nos sentir bem e agir de forma mais construtiva num determinado momento, faz sentido trazermos uma analogia que também seja construtiva, não é mesmo?

Se hoje fosse o meu primeiro dia de vida, eu estaria cheia de encantamento por ela, por tudo o que sinto e por tudo o que o meu corpo é capaz de fazer. Se fosse o meu último, por mais que eu tentasse aproveitar, não poderia deixar de lamentar por tudo o que não vivi.

Através desta prática conseguimos perceber o quanto as preocupações estão, na verdade, na nossa cabeça. E não que elas não precisem existir, mas que a cada momento temos a liberdade de nos sentirmos bem ao invés de constantemente mal por causa do que se passa na mente. Faz sentido para você?

Eu adoraria saber o que você acha e, mais importante, como você se sente com esta prática. Me conta aqui nos comentários?

Com carinho,

Cíntia

Picture of Cintia

Cintia

Bióloga, Professora de Mindfulness Neurocognitivo, Coach e Terapeuta Holística em formação, dentre outras coisas. A minha intenção ao escrever é sobretudo partilhar a minha humanidade. Por vezes pura e simplesmente, por vezes trazendo informações científicas e mais que relevantes para o nosso desenvolvimento. O meu propósito de vida é cuidar e sei que quando temos informações, temos liberdade de escolha e que quando partilhamos a nossa humanidade, nos sentimos acompanhados. Vamos juntos.

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