Sinto-me profundamente triste hoje… e agora?

Nada como um pouco de humanidade compartilhada para suavizar a tristeza. Esta foi a minha intenção ao escrever este post com cara de carta para você, para cuidar do que sinto e para que, quem sabe, possa suavizar também o que você sente. Incluí neste relato como estou me cuidando neste momento, quem sabe não te inspira?

UMA CARTA PARA ME SENTIR ACOMPANHADA E CUIDAR DO QUE SINTO.

Quando me sinto profundamente triste, fico reflexiva, quieta e, apesar da vontade de me esconder do mundo e ficar em posição fetal na cama até passar, sei por experiência própria que não é isso que vai me ajudar.

Aprendi a, mesmo neste estado, me colocar em movimento. Não num movimento cego, impensado, que me força a agir contra a minha vontade… mas num movimento de autocuidado. 

Noto que é nesses momentos que a prática (autocuidado, mindfulness, auto compaixão) mais faz a diferença, e me sinto agradecida pelos momentos que me dediquei a fazer carinho no meu rosto, massagem nos meus pés, nas pernas e nos ombros, sentir os pés no chão, respirar profundamente com as mãos no coração. Por mais que não fizessem muito sentido na altura, agora estes movimentos vêm me resgatar.

Talvez você não pratique, mas vou te dar cobertura, fica comigo. 

Sinto-me triste neste exato momento, mas ao mesmo tempo sinto-me capaz de escrever estas palavras para que, quem sabe, alguém me acompanhe nesta dor (e agora percebo que também é uma atitude gentil comigo mesma – que bom).

Se você se sente triste agora, saiba que você merece todo cuidado, carinho, atenção e amor do mundo! Saiba que todos nós nascemos com este direito, embora poucos de nós possamos realmente sentí-lo e desfrutá-lo ao longo da vida. 

Saiba que a tristeza faz parte da vida, que ela é um importante professor, e que anuncia uma mudança e também uma alegria. Ela é um ajuste na sua vida, e ela vai passar e você vai se sentir mais forte do que é hoje.

Mas, por agora, só se cuide.

Se escolher ficar deitadinho, fique, mas esteja confortável – traga almofadas, mantas, crie um verdadeiro ninho, só seu. Se escolher comer, coma algo que te possa nutrir de verdade, ou pelo menos a opção mais saudável possível. Se escolher beber, beba um chá. Isso é autocuidado.

Neste momento eu tomo um chá de gengibre, cidreira, camomila e hipericão e é reconfortante (vou até tomar um gole agora). 

E mais importante, COLOQUE SEMPRE AS MÃOS NO CORAÇÃO. Esta simples atitude nos mostra que não estamos sozinhos, que temos SEMPRE a nós mesmos (além disso este toque é entendido pelo nosso cérebro como um ato de auto compaixão e isso está cientificamente comprovado).

PERMITA-SE sofrer, chorar… mas também cuidar e ser cuidado.

Se precisar falar, pode me escrever, do mesmo jeito que faço para você agora. E sim, me sinto melhor neste momento, mesmo com a tristeza. Vamos juntos.

Com carinho,

Cíntia

Picture of Cintia

Cintia

Bióloga, Professora de Mindfulness Neurocognitivo, Coach e Terapeuta Holística em formação, dentre outras coisas. A minha intenção ao escrever é sobretudo partilhar a minha humanidade. Por vezes pura e simplesmente, por vezes trazendo informações científicas e mais que relevantes para o nosso desenvolvimento. O meu propósito de vida é cuidar e sei que quando temos informações, temos liberdade de escolha e que quando partilhamos a nossa humanidade, nos sentimos acompanhados. Vamos juntos.

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